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Foto do escritorAninha

Um “papel para colorir” que virou história!




Olá!


Hoje eu descobri uma coisa nova: você sabia que Nossa Senhora do Desterro já foi o nome da minha cidade? Isso mesmo! Florianópolis já foi chamada assim há muuuuito tempo. E o mais legal é como foi que eu soube disso, e é esta a história que eu vou te contar agora!


No dia das crianças minha família me levou para almoçar em um restaurante da praia da Armação, que fica no sul da ilha. Ao chegarmos lá sentamos em uma mesa pertinho da janela, e através dela conseguíamos ver o mar. Fiquei distraída por um tempo, observando aquelas ondas quebrando na beira da praia, e nem percebi que o garçom já havia arrumado a mesa para nós. Foi quando enxerguei algo diferente debaixo do meu prato: era um papel grande com um desenho para colorir. Nele, havia a figura de uma menina segurando um pastel, e ela estava em um lugar que parecia familiar para mim. Eu tive a certeza que já conhecia aquele cenário cheio de mesinhas e com um prédio antigo.

Passou um tempinho e o garçom voltou carregando uma caixa de lápis de cor, pedindo se eu gostaria de colorir o desenho enquanto esperava as nossas comidinhas ficarem prontas. Eu topei na hora! Comecei a pintar: primeiro os ladrilhos do chão, depois as mesinhas e, sem saber bem o porquê, senti vontade de usar a cor amarela para pintar as torres do prédio. E foi neste momento que eu lembrei! O lugar era o Mercado Municipal de Florianópolis.


Este desenho faz parte de uma série de outros, criados para você colorir e aprender a respeito de lugares incríveis na Ilha da Magia. Quer saber mais? Acesse o link:



Nossa! Que saudades que me deu de passear por lá. Lembrei que o Mercado é um lugar alegre, cheio de cheiros e de sons. Sempre há muita gente por lá, e as pessoas se anima com a música das bandas, conversam felizes enquanto almoçam nos restaurantes, ou simplesmente ficam andando de um lado para o outro visitando as lojas que vendem de tudo um pouco. Parei um pouco de pintar, mostrei a minha arte para os meus pais e ficamos um bom tempo lembrando da nossa última visita ao Mercado Público e de quantas coisas legais eu aprendi naquele dia. Mamãe me ajudou a lembrar de algumas delas, dizendo assim:


“- Lembra Aninha, que eu te contei que aquele prédio faz parte da história de Florianópolis desde quando a cidade era chama de Vila de Nossa Senhora do Desterro? E que esta construção foi um dos mais importantes símbolos para os ‘manezinhos da ilha’? ”

Curiosa, perguntei:


“- Mãe, o que é um símbolo mesmo? E o que significa 'manezinho da ilha'? ”

Então mamãe me explicou com toda paciência:


“- Aninha, símbolo é uma palavra ou imagem que representa alguma coisa. Por exemplo: você se lembra que antes de entrarmos no restaurante o papai jogou uma embalagem de plástico em uma lixeira, e que ela tinha um adesivo que você achou engraçado, pois tinha o desenho de um triangulo formado por três setas em curva? Aquele desenho é o símbolo da reciclagem, não é mesmo? E isto quer dizer que todo o lixo que produzimos, e que sabemos que pode ser reciclado, dever ser depositado em uma lixeira como aquela. De uma forma parecida os manezinhos - que são as pessoas nativas que nasceram na ilha de Florianópolis - enxergam o Mercado Público como um símbolo histórico da cidade. ”



O que a mamãe dizia fazia sentido. Mas, eu ainda não havia entendido o que é que aquele prédio que mais parecia um castelo tinha para fazer como que ele fosse um símbolo histórico. Eu só sei o que ele representa para mim: um lugar colorido, movimentado e super legal para passear, com um montão de lojinhas onde se vende de tudo, inclusive peixe frito, camarão, pastel e sorvete. Um lugar para curtir música e assistir as apresentações culturais de Floripa, como a do boi de mamão.




Foi então que eu perguntei:


“- O que é que o Mercado Público tem para os manezinhos chamarem ele de símbolo mamãe? Por acaso o prédio tem algum desenho com setas que eu não vi quando passeamos por lá? ”


Meus pais riram muito nesta hora, e eu também. Então mamãe me ajudou a entender contando assim:


“- Não, Aninha... deixe eu te explicar direito: é que no passado o mar chegava pertinho do lugar aonde fica o prédio amarelo do Mercado, e muitos comerciantes se juntavam ali perto para vender mercadorias, principalmente alimentos como peixes, carne de sol, feijão, arroz, mandioca, hortaliças e comidas preparadas na hora. Mais tarde, foram erguidas várias barraquinhas ao ar livre para isso, mas não se tinham muitos cuidados de higiene para a venda destes produtos, e isto trazia algumas doenças para as pessoas que andavam por ali.






Então, no ano de 1851 os governantes da Vila decidiram construir um armazém, um grande mercado onde os alimentos que chegassem do continente pudessem ser vendidos de forma mais segura. Mesmo assim, ainda haviam problemas de higiene e, então, no ano de 1899, eles resolveram construir um mercado maior, mais organizado e que trouxesse à cidade uma decoração moderna e bonita. Mais alguns anos foram necessários para que a construção que a gente conhece hoje - com as torres, as pontes que as unem e este espaço central que você está vendo aqui no seu desenho - pudesse ser finalizada.”





Enquanto mamãe falava, eu imaginava. E fiquei surpresa em saber que a avenida que passa em frente ao Mercado Público um dia já foi mar!


Mamãe continuou:


“E esta é a história do lugar que, hoje, nós conhecemos como Mercado Público Municipal. Ah! Eu me lembrei de outra curiosidade: depois da construção do Mercado coisas importantes aconteceram na cidade, a começar pelo seu nome que de Vila Nossa Senhora do Desterro passou a ser Florianópolis, além da chegada das calçadas e da iluminação das ruas com energia elétrica. E é por tudo isso e muito mais que este prédio é considerado um símbolo histórico por aqui. Atualmente ele foi considerado patrimônio artístico, histórico e arquitetônico da Ilha de Santa Catarina, sendo um ponto de encontro entre turistas e moradores locais”.






Ai! As vezes minha mãe fala cada coisa, são tantas palavras diferentes... arqui o que? Bom, deixa pra lá. Eu acho que já entendi o motivo do Mercado Público ser tão importante assim para Floripa.


Foi bom demais lembrar de tudo isso, mas o que eu gostei de verdade foi a ideia que o restaurante teve e que me ajudou a esperar o meu almoço fazendo duas coisas que eu adoro ao mesmo tempo: colorir e ouvir as histórias de minha mãe! Criar uma toalhinha em forma de desenho para colorir com imagens de lugares incríveis de Floripa foi uma ideia realmente fantástica! Como é que ninguém havia pensando nisso antes?


Para a minha surpresa, o lado avesso do papel tinha outro desenho: a vila açoriana do Ribeirão da Ilha! Mas este, eu deixei para colorir em casa.



Situado à Rua Jerônimo Coelho número 60, no centro de Floripa, o Mercado Público une história e lazer, sendo uma ótima opção para quem procura aquele algo a mais além das praia. Atualmente, o lugar comercializa produtos alimentícios e artigos para o vestuário e para a casa, além de oferecer atrativos culturais como exposições, shows, galerias e outros eventos artísticos e tradicionais. As lojas abrem de segunda a sábado e os bares e restaurantes funcionam, inclusive, aos domingos e feriados.



Até a próxima aventura pelo nosso rico e fantástico Brasil!


Um abraço carinhoso da Aninha.

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