SÉRIE PERSONAGENS DA ILHA DA MAGIA
Eu sou a Benzedeira!
Olá, sou a Benzedeira da ilha, espia só o que tenho pra te dizer:
“Tua palavra tem força, usa ela pra bendizer! Fala o bem, que o bem te cura! Faça o bem, que ele salva!”
Benzer vem do latim bene dicere, que significa bem dizer. Dizer bem de alguém e fazer o bem.
O ato de benzer foi durante muito tempo a opção de cura para muitas pessoas que viviam em Florianópolis no século passado, sobretudo numa época em que o acesso à medicina era mais difícil. Apesar de os benzedeiros terem surgido no Brasil no século 16, a fé nos curandeiros permanece inabalada, como a força de suas palavras que ecoam como remédio.
As benzedeiras fundamentalmente são pessoas do bem. Em Florianópolis a tradição ainda é muito forte.
"Dá trêsh volta involta da figueira da praça 15. Vash atraí boa sorte pra ti em Flonópsh!".
A boneca da Benzedeira nos faz lembrar do poder da nossa fé! E mantem viva a magia das tradições da ilha de Floripa.
Nós somos os Pescadores!
Olá, sou o pescador, e a “lida” no mar me ensinou muita coisa, vou te contar uma delas:
“Você vigia, vigia direito... com respeito e paciência, e a natureza te diz o momento certo de jogar tua rede. Aí você colhe, e agradece, aquela abundância de vida que vem do mar!”
Patrimônio cultural, a pesca da Tainha é realizada até hoje artesanalmente, o chamado "vigia", responsável por avistar os cardumes do alto dos costões, sinaliza para os companheiros lá embaixo, que aguardam o momento exato para jogar as redes. Ainda que com considerável diminuição, é vista em quase todo o litoral catarinense, principalmente na capital. A pesca da tainha acontece entre os meses de maio e julho. Os pescadores utilizam canoas típicas e um decreto municipal proíbe a prática de esportes como vela e surf nas praias da região. Junto com a atividade existe a preservação da identidade cultural que esta carrega.
Uma missa no Campeche marca a abertura da safra da tainha em Florianópolis e esta arte recebeu em 2019 o certificado de Patrimônio Imaterial de Santa Catarina.
O boneco Pescador desperta em nós a importância do esforço, da coragem e da confiança. Ele nos lembra das praias do Sul da Ilha de Floripa e da arte da pesca, transmitida de geração a geração.
Eu sou a Rendeira da Ilha
Olá, sou a Rendeira! E carrego comigo uma linda tradição:
“Estou presente em vários cantos de Floripa, e o Ribeirão da Ilha é meu reduto. Minha herança é açoriana, e meu oficio é fazer renda. Tranço fios desde menina usando as mãos com agilidade e delicadeza, movimento as pontas das linhas de muitos bilros fazendo renda com destreza”.
O bem conservado centro histórico do Ribeirão da Ilha, empunha orgulhosamente influências da colonização, sendo um dos bairros mais antigos de Floripa, mas é no mar que se encontra a principal atração, que teve sua história iniciada com a chegada dos portugueses da Ilha dos Açores, na metade do século XVIII. Considerado um dos maiores produtores de ostras do Brasil, o Ribeirão da Ilha é responsável por mais de 70% da venda do molusco de toda a Floripa. O principal período de consumo das ostras é no mês de outubro a dezembro. Aproximadamente 90% das ostras são comercializadas via restaurantes. O plantio inicia em janeiro. Bairro sossegado, com suas casinhas típicas e preservadas e que mantém viva a tradição dos seus antigos moradores. O Ribeirão da Ilha é um lugar para ser degustado sem pressa.
A boneca Rendeira nos faz lembrar da importância de honrarmos as heranças culturais que recebemos. Sua renda é patrimônio cultural de Floripa, presente também no Ribeirão da ilha.
Nós somos as Bruxinhas da Ilha
Olá, eu sou a bruxa! Vou revelar o que falam por aqui a meu respeito:
Dizem que sou lenda, mistério e história de pescador, mas a verdade é que estou em toda parte, enfeitiçando a ilha de amor! Olhe ao redor e verá que voo mata adentro, e que habito a alma feminina com poções de arruda, coragem e contentamento.
A Ilha de Santa Catarina traz, junto com sua história, as lendas de um lugar encantado e misterioso. São lendas que falam de reuniões de bruxas, bruxas que atacavam pescadores os assustando, roubando seus barcos e brincando com as suas tarrafas. Contam ainda que uma de suas diversões favoritas era dar nós nas crinas dos cavalos. Há alguns rituais para que se reconheça uma bruxa, um deles diz que quando é apresentada à alguém ela estende a mão esquerda para cumprimentar. Há uma crença de que, quem muda pra Floripa deve pedir licença às bruxas, para assim ser bem sucedido e viver bem na ilha. As lendas contam sobre dois tipos de bruxas: a terráquea, bruxa por opção própria, e a espiritual - predestinada, devido ao fato de ser a primeira ou a sétima filha de um casal sem varões. De acordo com a tradição, para e evitar essa maldição, a irmã mais velha deve batizar a mais nova.
A boneca Bruxa mantém viva uma das inúmeras lendas da ilha da magia, e é um convite para o exercício do poder infinito que existe em cada um de nós!
Eu sou o Aviador
Olá, sou o Aviador e vou te contar o que vejo aqui de cima:
“Mesmo que o céu esteja carregado de nuvens o sol continua a brilhar forte, lembrando que a escuridão é passageira!”
A praia do Campeche foi o primeiro campo de pouso na ilha da magia. Isto ocorreu porque franceses criaram rotas de correio entre a América do Sul, a África e a Europa e para isto, foram criados campos para pouso e decolagem de pequenos aviões no Brasil. Um destes campos ficava no local que hoje chamamos de Campeche. Este campo de pouso era utilizado para o reabastecimento dos voos entre Paris e Buenos Aires. A área usada por muitos anos como campo de Pouso da Sociêté Latécoère passou por transformações e teve várias finalidades, mas os moradores da região nunca deixaram de olhar para o espaço com carinho.
O comandante da frota de pilotos franceses foi ninguém menos que Saint Exupêry, que ficaria mundialmente conhecido como o autor do livro "O Pequeno Príncipe" de 1943.
O boneco do Aviador nos convoca a darmos asas ao nosso otimismo e confiança! E revela um pouquinho da história do bairro Campeche, no Sul da Ilha de Florianópolis.
Eu sou o Pequeno Príncipe
Olá, Sou o Pequeno Príncipe e tenho um recadinho para você:
“Tu te tornas eternamente responsável pelo amor que distribui!”
A Praia do Campeche sempre foi um encanto para os turistas que chegam à Ilha da Magia e durante muito foi apenas uma pacata vila de pescadores. Um dos seus visitantes mais ilustres garantiu à região um encanto ainda maior. Na década de 20, o aviador e escritor Antoine Saint-Exupéry tornou-se um frequentador habitual do Campeche. Isso porque, na época, ele trabalhava para o correio Francês como piloto e a empresa havia instalado um campo de pouso na região que servia de pausa para a rota que ligava a Europa à Buenos Aires. Saint-Éxupéry é o autor do livro "O Pequeno Príncipe", o terceiro mais vendido do mundo com tradução para 250 idiomas. Saint-Exupéry fez amizade com os moradores locais e a lenda que ficou é que o nome do Campeche provém do apelido francês que ele deu ao lugar, campo de pesca. O nome da avenida principal do bairro, Av. Pequeno Príncipe, é em homenagem a este nosso visitante ilustre.
O boneco do Pequeno Príncipe e sua linda história são uma companhia e um convite de amor para nosso tempo.
Eu sou o Pescador de Ostras
Olá! Sou o pescador de ostras, e meu trabalho é plantar moluscos no mar. Vou te explicar:
“Cultivo ostras o ano inteiro, planto em janeiro e colho de outubro a dezembro! Te garanto a melhor porção de ostras do Ribeirão, se você prometer que quando vier pra freguesia, vai deixar que o tempo passe bem devagarinho!
O bem conservado centro histórico do Ribeirão da Ilha, empunha orgulhosamente influências da colonização, sendo um dos bairros mais antigos de Floripa, mas é no mar que se encontra a principal atração, que teve sua história iniciada com a chegada dos portugueses da Ilha dos Açores, na metade do século XVIII. Considerado um dos maiores produtores de ostras do Brasil, o Ribeirão da Ilha é responsável por mais de 70% da venda do molusco de toda a Floripa. O principal período de consumo das ostras é no mês de outubro a dezembro. Aproximadamente 90% das ostras são comercializadas via restaurantes. O plantio inicia em janeiro. Bairro sossegado, com suas casinhas típicas e preservadas e que mantém viva a tradição dos seus antigos moradores. O Ribeirão da Ilha é um lugar para ser degustado sem pressa.
O boneco Pescador de ostras é um convite à paciência, no cultivo do trabalho diário. E aviva a história da nossa Floripa.
Eu sou o índio Peri
Olá, sou o índio Peri e quero te contar uma história de amor:
“Me apaixonei por uma bruxa chamada Conceição, nosso amor proibido nasceu na floresta e, ao ser descoberto, fui transformado numa lagoa no formato de coração”.
Vou contara lenda de como surgiu a Lagoa do Peri. Peri era um índio. Ele e a bruxa Conceição se encontraram um dia na floresta e se apaixonaram. Começaram então a se encontrar escondidos, pois o relacionamento não era permitido nem pelas bruxas nem pela tribo de Peri. Num destes encontros, uma bruxa viu o casal e contou para o restante das bruxas. Como punição deste amor proibido, transformaram Peri numa lagoa (que curiosamente tem formato de coração e água doce). Conceição chorou de tristeza e formou a lagoa que hoje conhecemos como Lagoa da Conceição (que, também curiosamente, tem água salgada, como lágrimas). A Lagoa do Peri fica dentro do Parque Municipal da Lagoa do Peri, é uma grande reserva biológica, com estrutura para receber moradores e turistas. Tem restaurante, academia ao ar livre, banheiros, viveiro de plantas e pássaros, mesas para piqueniques trilhas e cachoeira para conhecer.
Seja lenda ou realidade, o boneco Peri é um convite ao amor verdadeiro, que resiste ao tempo e que se manifesta nos pequenos detalhes, a todo momento!
Eu sou a Bruxinha Conceição
Olá, sou a bruxa Conceição e quero te contar uma história:
“De uma paixão proibida, vi meu doce índio Peri ser transformado em lagoa. Meu choro longo e triste não foi à toa, e de minhas lágrimas salgadas formou-se outra lagoa”.
Vou contar a lenda de como surgiu a Lagoa da Conceição Conceição era uma bruxinha. Ele e o Índio Peri se encontraram um dia na floresta e se apaixonaram. Começaram então a se encontrar escondidos, pois o relacionamento não era permitido nem pelas bruxas nem pela tribo de Peri. Num destes encontros, uma bruxa viu o casal e contou para o restante das bruxas. Como punição deste amor proibido, transformaram Peri numa lagoa (que tem formato de coração e água doce). Conceição chorou tanto de tristeza que seu choro formou a lagoa que hoje conhecemos como Lagoa da Conceição (que, curiosamente tem água salgada, como as lágrimas).
A primeira freguesia da cidade foi fundada junto a Lagoa da Conceição. Algumas construções da época colonial ainda permanecem preservadas. Situado no centro geográfico da Ilha de Santa Catarina, a Lagoa da Conceição reúne praias, dunas, morros e a maior laguna de Florianópolis.
Seja lenda ou realidade, a boneca Conceição é um convite ao amor verdadeiro, que resiste ao tempo e que se manifesta nos pequenos detalhes, a todo momento!
Eu sou o Lampioneiro
Olá, meu nome é Noca e o meu ofício é iluminar a escuridão, quer saber como?
“O morro do Caboclo eu tive que acender, e na pedra do Urubu fazer a luz aparecer. Aeronaves subiam e desciam avisadas pela luz do lampião, e meu trabalho ficou importante desde então! Todos os dias a trilha do morro eu percorria, e ver o Campeche lá de cima me dava muita alegria!”
Na década de XX o Campeche foi escolhido como local de aterrissagem dos aviões do correio aéreo Francês. A chegada das aeronaves era precedida por avisos vindos por mensagem telegráfica e transmitidas via rádio. Os voos geralmente eram noturnos e aí entra em cena o acendedor do lampião. Noca era responsável pela tarefa de acender o lampião e colocá-lo no ponto mais alto do morro, na Pedra do Urubu, para sinalizar e orientar os pilotos franceses na aterrissagem de suas aeronaves. Noca subia o morro ao entardecer e no dia seguinte bem cedo retornava para apagar o lampião repetindo esta ação pelo tempo que fosse necessário.
Daí a denominação do Morro do Lampião, que antes se chamava morro do caboclo. Esse morro possui uma trilha que se tornou um ponto turístico com acesso a Pedra do Urubu de onde se pode ver toda a planície e costa sul/leste da Ilha, a região do aeroporto, os bairros da Costeira e Saco dos Limões, parte da região central da cidade e do continente, e a ponte Hercílio Luz.
O boneco Lampioneiro desperta em nós a importância do esforço e do trabalho de cada dia em prol de um bem maior. Ele reaviva as histórias do Campeche, transmitidas de geração a geração.
Eu sou a Iemanjá
Olá, sou Iemanjá a rainha do mar. Vem pra perto de mim, deixe eu te falar:
“Minha beleza é sem igual, e proteger a vida no mar é o meu ritual. Oferendas eu gosto de receber, jogue-me flores e a minha benção você vai ter!
Considerada a Rainha do Mar, lemanjá é uma das divindades mais cultuadas e queridas da Umbanda e do Candomblé. É tida como a mãe de quase todos os Orixás. Sua representatividade está muito ligada à fecundidade. Filha de Olokum, soberano dos mares, é considerada padroeira dos pescadores, jangadeiros e marinheiros. Também protetora dos lares, das crianças e gestantes. O Dia de lemanjá é festejado em 2 de fevereiro e é a maior festa em honra a este orixá, quando milhares de pessoas se vestem de branco e vão às praias depositar oferendas, como espelhos, jóias, comidas e perfumes. No dia 28/07/2012 foi instalada na principal rodovia do bairro Ribeirão da Ilha, uma estátua em sua homenagem. No Brasil considerado o orixá mais popular, desenvolveu profunda influência na cultura popular, música, literatura e na religião.
A boneca Iemanjá nos faz lembrar do poder da nossa fé! E mantem viva a magia presente nas águas do mar de Floripa.
SÉRIE PERSONAGENS DO FOLCLORE BRASILEIRO
Eu sou o Curupira
Olá, eu sou Curupira e moro na floresta!
"Protejo a natureza e se percebo que alguém a ameaça, trato logo de espantá-lo com minhas brincadeiras. Se você quiser, poderá me ajudar: cuide dos rios e das árvores e, juntos, vamos a preservar!".
Curupira é uma figura do folclore brasileiro. Significado: corumi, "menino", e pira, "corpo", significando, então, "corpo de menino". O curupira é um anão forte e ágil de cabelos ruivos e a lenda diz que ele é o protetor das florestas, que mora na mata e vive fazendo travessuras. Uma das principais características do curupira é possuir pés virados para trás. Dessa forma, ao caminhar, o curupira consegue enganar alguém que pretenda segui-lo olhando para suas pegadas. O perseguidor pensará sempre que ele foi na direção contrária. Uma característica e, talvez o ponto fraco do Curupira, é a sua curiosidade. Assim, a lenda adverte que para escapar de suas armadilhas, a pessoa deve fazer um novelo com cipó e esconder bem a ponta. Muito curioso, ele fica entretido com o novelo e a pessoa conseguirá fugir.
Seja lenda ou realidade, o boneco Curupira e sua história nos convidam para refletir a respeito de nossas atitudes perante a mãe natureza.
Eu sou o Saci
Olá, eu sou o Saci... pererê, cererê, como quiser me chamar! Moro na floresta e gargalhadas eu gosto de dar!
"Dizem que sou alegre e esperto, e que a travessura é minha especialidade, isso é verdade! Mas também conheço plantas de todo tipo, e se você quiser me ajudar a cuidar delas, terá um amigo!".
O Saci Pererê é um menino travesso, de cor negra, que possui apenas uma perna, usa carapuça ou gorro vermelho e fica o tempo todo fumando cachimbo. Costuma correr atrás dos animais para afugentá-los, gosta de montar em cavalos e dar nó em suas crinas. Pode também aparecer e desaparecer misteriosamente, é muito irrequieto e não para um instante sequer, pois fica pulando de um lugar para outro e toda vez que apronta as suas travessuras, ele dá risadas alegres e gosta de assobiar, principalmente quando não existem as noites de luar. Ele entra nas casas e apaga o fogo, faz queimar as comidas das panelas, seca a água das vasilhas, dá muito trabalho às pessoas escondendo os objetos que dificilmente serão encontrados novamente. Seu principal divertimento é atrapalhar as pessoas para se perderem. Dizem que ele veio do meio de um redemoinho.
Alegre e peralta, o boneco do Saci é um convite para saborear as lembranças de nossa infância, e todo o aprendizado que este período proporciona!
Eu sou a Caipora
Olá, sou Caipora e vou te contar o que vejo na floresta:
“Tantos animais de beleza exuberante só querem viver protegidos, e esta é a missão que realizo. Quer me ajudar nisso?“
A Caipora, também chamada de "Caipora do Mato", é uma figura do folclore brasileiro, considerada a protetora dos animais e guardiã das florestas. Sua origem está na mitologia indígena Tupi-guarani. Do tupi, a palavra "caipora" (caapora) significa "habitante do mato". Quando sente que algum caçador entra na floresta com intenções de abater animais, ela solta altos uivos e gritos assustando esses homens. Sua intenção é cuidar desses animais e proteger o ambiente. Reza a lenda que sua força é maior nos dias santos e nos finais de semana. Caipora é uma índia anã, com cabelos vermelhos e orelhas pontiagudas. Existem versões em que seu corpo é todo vermelho e noutras, verde. Ela vive nas florestas e tem o poder de dominar e ressuscitar os animais. Seu intuito principal é defender o ecossistema e, portanto, faz armadilhas e confunde os caçadores.
A boneca da Caipora nos convoca à preservação da natureza, despertando nossa consciência para o cuidado com a fauna de nosso planeta.
Eu sou a Iara
Olá, sou a sereia Iara e o rio Amazonas é a minha casa!
"Carrego as lembranças de minha tribo e o canto é meu feitiço! Se quiser me conhecer chegue perto do rio, e te levo para o mais profundo azul, um lugar de belezas que jamais se viu!" .
Conta a lenda que Iara é um ser, metade peixe metade mulher, que vive nos rios. A lenda surgiu entre os índios da Amazônia e passou a fazer parte principalmente das vidas das populações ribeirinhas. Segundo a lenda, as pessoas, principalmente homens, são atraídos por sua beleza irresistível, uma linda índia com cabelos longos e pretos, corpo muito bonito e ao som de uma música mágica as leva para o fundo das águas, onde existe o seu reino. Iara, além de possuir um belo canto, também contava com a sua beleza, podendo ao sair da água assumir a forma humana de uma mulher. Os índios acreditam tanto no poder da Iara que evitam passar perto dos lagos e rios ao entardecer. Iara passa grande parte do tempo admirando sua beleza no reflexo das águas, brincando com os peixes e penteando seus cabelos com um pente de ouro. Seu canto ecoa pelas águas e florestas da região.
A boneca da sereia Iara é um misto de mistério, beleza e dor. Sua história nos faz pensar a respeito de valores, como o perdão.
Eu sou a índia Naiá
Olá, sou a Índia Naia! E vou te no que a lua me transformou:
“Quis ser estrela para ir ao seu encontro, e certa noite a vi refletida nas águas do Iguarapé. Mergulhei por amor, morrendo como índia para renascer como flor. Agora, do Amazonas sou a grande flor, e junto da lua ilumino as águas com a minha cor!
Conta a lenda que uma índia chamada Naiá, ao contemplar a lua (Jaci) que brilhava no céu, apaixona-se por ela. Segundo contavam os indígenas, Jaci descia à terra para buscar alguma virgem e transformá-la em estrela do céu. Naiá ao ouvir essa lenda, sempre sonhava em um dia virar estrela ao lado de Jaci. Assim todas as noites, Naiá saia de casa para contemplar a lua e aguardar o momento de a lua descer no horizonte e sair correndo para tentar alcançar a lua. Todas as noites Naiá repetia essa busca, até que uma noite Naiá decide mais uma vez tentar alcançar a lua, nessa noite Naiá vê o reflexo da lua nas águas do igarapé e sem exitar mergulha na tentativa de tocá-la e acaba afogando-se. Jaci se sensibiliza com o esforço de Naiá e a transforma na grande flor do Amazonas, a Vitória Régia, que só abre suas pétalas ao luar.
A boneca da índia Naia nos convida a descobrir o nossos propósito e a nossa beleza interior, seja ela qual for!
A coleção de bonecos é uma celebração á cultura e ao folclore regional e nacional. Para manter vivas as nossas histórias e tradições, compartilhando elas de forma lúdica com as nossas crianças!
Vem com a gente!